Agronegócio brasileiro cresceu 15,5% no 1º semestre e deve chegar a 35,9% de crescimento em 2023

Soja e milho são os produtos que mais se destacam

O agronegócio brasileiro colhendo muitos frutos. O setor teve um crescimento expressivo no primeiro semestre deste ano, com um aumento de 15,5% no PIB do setor em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, o PIB do agronegócio brasileiro alcançou R$ 1,35 trilhão no primeiro semestre de 2023, ante R$ 1,16 trilhão no mesmo período de 2022.

O crescimento foi impulsionado por uma série de fatores, incluindo a recuperação da demanda global por commodities agrícolas, o aumento dos preços dos produtos agropecuários e as condições climáticas.

“O agronegócio brasileiro em 2023 continua a ser um pilar da economia do País, impulsionando o crescimento e enfrentando desafios de maneira determinada. Com um compromisso crescente com a sustentabilidade e a inovação, o setor está bem-posicionado para enfrentar o futuro e continuar a desempenhar um papel fundamental na alimentação do mundo”, afirma a economista e professora da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP)Nadja Heiderich.

Segundo a docente, a sustentabilidade permanecerá no centro das atenções, à medida que o Brasil busca cumprir metas ambientais e atender às expectativas dos consumidores conscientes. A tecnologia desempenhará um papel vital, com a adoção de sistemas de agricultura de precisão e a integração de dados para melhorar a eficiência e a tomada de decisões.

No entanto, desafios persistem, incluindo a necessidade de investir em infraestrutura logística para garantir o transporte eficiente dos produtos agrícolas para os mercados internacionais. Questões ambientais, como o desmatamento na Amazônia, continuam a atrair a atenção global e exigem esforços contínuos de conservação”, acrescenta.

Soja e milho – Os principais produtos responsáveis pelo crescimento do agronegócio brasileiro no primeiro semestre de 2023 foram a soja e o milho.

A safra de soja 2022/2023 foi recorde, com uma produção de 138,9 milhões de toneladas, ante 124,3 milhões de toneladas na safra anterior. Já a safra de milho 2022/2023 deve alcançar 115,4 milhões de toneladas, ante 108,6 milhões de toneladas na safra anterior.

Exportações crescem – As exportações do agronegócio brasileiro também cresceram no primeiro semestre de 2023, com um aumento de 17,5% em relação ao mesmo período do ano passado. O valor das exportações do agronegócio brasileiro alcançou US$ 100,7 bilhões no primeiro semestre de 2023, ante US$ 85,5 bilhões no mesmo período de 2022.

Nadja Heiderich é doutora em Ciências (Economia Aplicada) na Universidade de São Paulo, possui mestrado em Ciências (Economia Aplicada) pela Universidade de São Paulo (2012). Graduada em Ciências Econômicas pela Fecap, onde é professora, tem experiência na área de Economia, com ênfase em Economia Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: meio ambiente, modelagem matemática, logística, agronegócio.

Projeções para 2023 – O Cepea e a CNA projetam que o PIB do agronegócio brasileiro continue a crescer em 2023, com um aumento de 35,9% em relação a 2022, alcançando R$ 2,65 trilhões em 2023, ante R$ 1,95 trilhões em 2022.

Espera-se que a produção de grãos continue a crescer, impulsionada pelo aumento da demanda global por alimentos e biocombustíveis. Além disso, o setor pecuário, incluindo carne bovina e de frango, deve continuar a se expandir.

“À medida que o ano avança, o Brasil está se preparando para colher os frutos de seus esforços no setor agrícola e consolidar seu papel como líder global no agronegócio. O agronegócio brasileiro é um setor dinâmico e resiliente, que tem se mostrado capaz de superar desafios e continuar a crescer. Com o compromisso de seus produtores e trabalhadores, o Brasil está em papel de destaque para continuar a liderar o mundo na produção de alimentos e matérias-primas agrícolas”, finaliza Nadja.

A especialista: Nadja Heiderich é Doutora em Ciências (Economia Aplicada) na Universidade de São Paulo. Possui mestrado em Ciências (Economia Aplicada) pela Universidade de São Paulo (2012). Graduada em Ciências Econômicas pela FECAP (2008). É professora no Centro Universitário FECAP. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Economia Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: meio ambiente, modelagem matemática, logística, agronegócio.

Fecap – A Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) é referência nacional em Educação na área de negócios desde 1902. A Instituição proporciona formação de alta qualidade no Ensino Médio (técnico, pleno e bilíngue), Graduação, Pós-graduação, MBA, Mestrado, Extensão e cursos corporativos e livres. Diversos indicadores de desempenho comprovam a qualidade do ensino da FECAP: nota 5 (máxima) no ENADE (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) e no Guia da Faculdade Estadão Quero Educação 2021, e o reconhecimento como melhor centro universitário do Estado de São Paulo segundo o Índice Geral de Cursos (IGC), do Ministério da Educação. Em âmbito nacional, considerando todos os tipos de Instituição de Ensino Superior do País, a FECAP está entre as 5,7% IES cadastradas no MEC com nota máxima.

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