Maranhao tem dois filmes no Olhar Periférico Festival de Cinema | Maranhão Hoje

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O cinema nacional tem frequentemente retratado a vida nas periferias, promovendo para o mundo a cultura cinematográfica brasileira e colecionando prêmios. Mais do que retratar morros e vielas das diferentes regiões do País, as produções cinematográficas retratam a capacidade dos realizadores que mostram, de forma singular, as histórias das comunidades onde vivem ou atuam.

De 02 a 05 de agosto de 2023 acontece o 2º Olhar Periférico Festival de Cinema que exibirá de forma presencial 27 curtas-metragens competitivos de diversos estados brasileiros, além de 4 longas-metragens premiados que retratam as periferias.

O Festival acontece no Cineclube Oswald de Andrade, no Bom Retiro, em São Paulo. A entrada é franca.

Em diversos gêneros (documentário, ficção, animação) os 27 curtas-metragens do Olhar Periférico Festival de Cinema foram divididos em quatro mostras competitivas nas categorias: Mostra Olhar Feminino, Mostra Olhar Diversidade, Mostra Olhar Jovem e Mostra Todos os Olhares, com curtas-metragens dirigidos respectivamente por mulheres, LGBTQIA+, jovens de até 29 anos e adultos. Todos retratando as diferentes realidades da vida nas periferias do Brasil.

De acordo com o diretor, Eduardo Santana, o cinema realizado nas periferias muitas vezes retrata as realidades sociais, culturais e políticas dessas comunidades, abordando temas como pobreza, desigualdade, violência, resistência e superação.

“Os curtas-metragens são realizados, normalmente, por cineastas locais que têm uma conexão pessoal com as histórias e questões retratadas nos filmes. Eles buscam dar voz e visibilidade às suas comunidades, contando histórias autênticas e representativas”, explica o diretor.

Mostra Olhar Diversidade: curta metragem (Sub)Urbana (Joinville/SC), do diretor Vini Poffo (Foto Divulgação)

Mostras competitivas – A cada dia, o público poderá conferir a série de filmes de curtas-metragens competitivos que compõem cada mostra e assistir a um longa-metragem premiado. O Festival começa no dia 2 de agosto com a Mostra Todos os Olhares. Na programação concorrem curtas de Goiás, Maranhão, Pernambuco, Amazonas, Pará e Rondônia.

Em seguida, haverá a apresentação do longa Bob Rum: a história de um Silva. Com direção Marcelo Gularte, que também assina o roteiro ao lado de Lenita Arêas, o documentário mostra a vida e a obra de um ícone do funk carioca e seus dias de luta até o reconhecimento internacional.

No dia 03 de agosto, disputam os realizadores da Mostra Olhar Jovem. No dia 4, concorrem filmes da Mostra Olhar Diversidade. A Mostra Olhar feminino fecha o Festival no dia 5 de agosto. O melhor filme de cada mostra receberá o troféu Olhar Periférico.

São 428 filmes inscritos no Olhar Periférico Festival de Cinema. A missão de selecionar os 27 curtas-metragens do Festival, foi do ator de cinema e televisão Francisco Gaspar, ganhador do kikito de melhor ator no 35º Festival de Gramado por sua participação no filme O.D. Overdose Digital.

O Brasil que não é visto – “O recorte do Olhar Periférico é a periferia do Brasil, os brasis que não são vistos em festivais convencionais, festivais que privilegiam somente olhares urbanos e enquadrados em um eixo viciado. Todas as regiões do Brasil estão presentes na edição desse ano e isso é importante para que realizadores mostrem seus filmes na sua região e também assistam obras de outros”, informou o curador Francisco Gaspar.

Quem assistir ao Festival terá uma mostra da pluralidade cultural das periferias de todas as regiões brasileira.

Estão representadas obras audiovisuais dos estados de Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Paraíba, Pernambuco e Santa Catarina.

Premiação – O resultado da premiação será postado nas redes sociais do Festival, no sábado, dia 06 de agosto de 2023.

O melhor filme do Festival será escolhido por um júri técnico composto por quatro profissionais do audiovisual. Entre eles. Miquéias Gonçalves Silva (líder na Rede Gerando Falcões, indicado ao Prêmio Pretos Empreendedores, entre os 5 pretos empresários de maior impacto social do Espírito Santo); Lincoln Péricles (diretor, roteirista, educador popular que em 2020 teve seu trabalho destacado pela Cahiers du Cinéma) ; Jhonnã Bao (atriz, escritora, e artista transmídia da periferia de São Paulo, autora do premiado documentário “Tenebrosas?” realizado em 2021) e Priscila Machado (Realizadora audiovisual e produtora cultural há quase duas décadas, gerente executiva no Instituto Criar de TV e Cinema).

Longas convidados – O Olhar Periférico Festival de Cinema também contará com a Mostra Cult, com 4 longas-metragens convidados que faz um recorte das principais produções brasileiras das periferias nos últimos anos. O público poderá conferir:

A curadoria dessa Mostra Cult ficou com Filippo Pitanga, crítico de cinema, curador e júri de inúmeros festivais internacionais.

Homenageado – A cada edição do Olhar Periférico um grande nome da nossa cinematografia é homenageado. A segunda edição traz o diretor carioca Cavi Borges, considerado um dos principais produtores do cinema brasileiro independente contemporâneo. À frente da Cavideo, já realizou mais de 300 obras audiovisuais entre curtas, médias, longas, séries de tv, websérie, videoclipes e videoartes. Colecionando 178 prêmios em Festivais nacionais e internacionais.

O Olhar Periférico Festival de Cinema é uma realização da Fly Cow Produções por meio do Proac Editais, Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas e Governo do Estado de São Paulo.

O Festival acontece no Cineclube Oswald de Andrade na Oficina Cultural Oswald de Andrade que faz parte do Programa Oficinas Culturais, da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas e gerenciado pela Poiesis.

Com tantos motivos assim é difícil não entrar no clima da pipoca e da poltrona e já preparar a agenda.

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