Academia Maranhense de Letras empossa Alexandre Lago na cadeira de número 27

Solenidade na Casa de Antônio Lobo foi muito concorrida

AQUILES EMIR

Ao tomar posse nesta quinta-feira (09) na cadeira de número 27 na Academia Maranhense de Letras, o advogado Alexandre Maia Lago destacou a emoção que sentia, de, após muito tempo ocupando assento numa das últimas fileiras do auditório da Casa nos eventos que ali se realizam, passar a ocupar, a partir daquele momento, lugar de destaque, entre os imortais. Ele foi saudado pelo também advogado Daniel Blume, que destacou o apego do novo acadêmico pelo leitura, a ponto de esconder suas obras preferidas entre livros de Matemática para ler nas aulas desta disciplina.

O novo acadêmico fez um discurso emocionado e lamentou não fazer uma homenagem maior ao antecessor, Magson Gomes, porque são raras as informações sobre ele, já tratava-se de uma pessoa muito reservada.

Pertencente a uma família de políticos (é filho do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado e deputado estadual Nonato Lago, e sobrinho do ex-governador e prefeito de São Luís Jackson Lago e do ex-deputado federal Wagner Lago), ele não escondeu que a política sempre foi tema principal na leitura diária de jornais, hábito que alimenta ainda hoje, desde a infância, mas também sempre teve gosto pela leitura de crônicas, assuntos de cultura e outros.

 

 

Para ele, o curioso é que os veículos de comunicação, que deveria ter um caráter mais técnico, são, assim como romances, novelas, poesia, obras de ficção, já que depende do pensamento de cada repórter, redator ou editor a narração dos fatos. Segundo ele, de um mesmo evento político, um jornal pode elogiar os aplausos recebidos por um político, e outro destacar as vaias dadas a essa mesma pessoa, ficando o leitor em dúvida sobre qual versão acreditar.

Dos jornais, de leitor, passou a colunista, já que mantém uma coluna literária semanal no Jornal Pequeno, um dos mais tradicionais do estado; dos livros, de apreciador, passou a autor de obras literárias; e da Academia, de mais um na plateia, ao lugar de honra dos imortais, além do colar .

Alexandre Lago, conforme revelação de Daniel Blume, preparou nesse período que antecedeu sua posse na Casa de Antônio Lobo, quatro livros, destes, uma novela, dois romances e uma obra de pesquisa, e pretende lançá-los em  breve.

Evitou apresentar antes do ingresso na Academia para evitar uma rebelião dos acadêmicos, que poderiam vetar seu ingresso para a imortalidade, justificou ele numa falsa modéstia.

A cerimônia de posse do novo acadêmico foi uma das mais concorridas da Casa de Antônio Lobo, com as dependências do salão nobre totalmente tomadas e com as presenças de quase todos os acadêmicos, o que para o empossando foi motivo de muito orgulho.

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