“Lidar com vidas humanas como se fosse um jogo é deplorável”, diz Marcos Knobel, presidente da Federação Israelita de São Paulo
O Hamas divulgou, na tarde desta segunda-feira (15), um novo vídeo no qual a refém Noa Argamani, de 26 anos, é forçada a dizer que dois de seus companheiros cativos foram mortos por ataques das Forças de Defesa de Israel. No entanto, não há confirmação de que se trata de uma informação verdadeira.
Num vídeo em formato de quiz, o grupo terrorista convida internautas a escolherem entre três possibilidades do que poderia ter acontecido a Noa, além de Yossi Sharabi, de 53 anos, e Itay Svirsky, de 38 anos: “Todos os três estão mortos; alguns estão mortos, alguns estão feridos; ou todos os três serão poupados”.
“Esse nível de crueldade é a cara do grupo terrorista Hamas. Lidar com vidas humanas como se fosse um jogo é deplorável, revoltante e extremamente triste. Não conseguimos nem imaginar como estão os corações dos familiares da Noa, Yossi e Itay depois desse terror psicológico. Estamos consternados com mais mais esse ato desumano do Hamas, mas mantendo a esperança de que todos estejam vivos e que em breve possam rever seus entes queridos”, afirma Marcos Knobel, Presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp).
Vale lembrar que Noa se tornou um dos rostos mais conhecidos entre os reféns desde que o chocante vídeo de sua captura em 7 de outubro na rave foi amplamente divulgado.
Entre reféns, um brasileiro – Em 07 de outubro, o Hamas invadiu Israel em um ataque sem precedentes, matando mais de 1.200 pessoas e levando outras cerca de 240 como reféns. Em novembro, através de acordos de cessar fogo, 105 pessoas foram libertadas, mas desde então não havia notícias a respeito de nenhum deles.
As autoridades israelenses estimam que 25 cativos já estejam mortos e outros 107 continuam sob domínio dos radicais.
Desde o ataque, a família do brasileiro Michel Nisembaum, 59, não sabe nada a seu respeito, exceto que foi sequestrado em Sderot, sul de Israel, quando saiu para buscar uma neta.
“O fato é que os reféns se tornaram peças perdidas no tabuleiro da guerra e seus destinos estão na mão de um grupo terrorista que prega o extermínio dos judeus, sejam eles bebês, idosos, mulheres e homens”, ressalta Marcos.